A insustentável leveza da justificação do indulto
Por erro de informação, dizem, o Presidente da República indultou um foragido.
O Ministério da Justiça reconheceu a existência das informações, e sua actualidade, relativas às condenações e à fuga do bafejado pela sua inépcia, justificando a omissão daquelas no processo de indulto "por não serem de leitura evidente".
O que é que isso quer dizer? Porque não é dada uma explicação como deve ser? Afinal, o que é que não era evidente e porquê? Quem não soube ler as informações? Quem é responsável pelo erro? Que consequências foram tiradas?
Deixem de nos infantilizar e tratar como analfabetos a quem qualquer discurso redondo cala.
E os nossos jornalistas, com modo medíocre e servil, transcrevem e contentam-se com a explicação não explicada, deixando de investigar e perguntar.