segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O lugar do inferno muda com os papas

O jornal italiano La Repubblica noticia que o papa Bento XVI (Joseph Ratzinger) afirmou em encontro com paroquianos romanos de início da Quaresma que "o inferno existe e não está vazio".
Ora, em 1999, o papa João Paulo II (Karol Wojtyła) tinha dito que o inferno não era um lugar mas a situação de quem se afasta de Deus.
A igreja católica estabeleceu, com Pio IX e o concílio Vaticano I de 1870, o dogma da infalibilidade do Papa na doutrina da fé. O desrespeito pelo dogma é, aliás, motivo de excomunhão.
Assim, não sendo o inferno um lugar físico durante o tempo de João Paulo II mas existindo e não estando vazio no tempo de Bento XVI, há que explicar como fazem a gestão dum inferno intermitente, que ora é ora não é, e onde guardam os que o enchem nos períodos de desactivação.