Condenar a violência das praxes

Iniciou-se o julgamento de 7 ex-alunos da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém acusados de um crime de ofensa à integridade física qualificada (6 deles da comissão de praxes) e de um crime de coacção (1 deles "veterano"), por acontecimentos ocorridos na praxe do ano lectivo de 2002/2003.
FINALMENTE!
Apesar da morosidade em levar o caso a julgamento, pouco abonatória para os agentes da justiça, espera-se agora maior celeridade e uma sentença exemplar.
Não é aceitável a impunidade com que, a coberto das praxes, uns tantos, cobardemente, têm coagido e violentado os universitários recém-chegados (as "bestas" como gostam de lhes chamar os auto-intitulados "veteranos).
Nem que as pessoas se tenham de declarar anti-oquequerqueseja para não serem vítimas de abusos e brutalidade.
A violência e humilhação não podem ser desculpadas a pretexto de se tratar apenas duma "tradição".
Que respondam pelo que fazem.
Também co-responsáveis, por omissão e complacência, são os reitores das universidades e directores das faculdades onde estes factos ocorrem, sem que os previnam ou impeçam e sem nada fazerem para garantir a liberdade e segurança dos seus alunos. Embora gostem de encher a boca com afirmações da autonomia universitária.