sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Charrua: serviço público ou partidário

O sr. Charrua aguarda a decisão judicial sobre a acção que intentou com vista a conseguir regressar à DREN e obter, de passagem, uma boa indemnização por aquela ter posto fim à sua requisição.
Com alguma sorte e um juíz desagradado com o Governo, o sr. Charrua ainda talvez saia a ganhar com a burricada e excesso de zelo da nomenklatura socratiana - que de tanto querer agradar o grande líder o mete em trabalhos desnecessários, mas é o que dá nomear fiéis e convertidos - mas não vi ninguém perguntar-lhe o que fazia, há tantos anos, na DREN e porque, em primeiro lugar, foi pela mesma requisitado, ele e não outro professor de inglês do secundário.
As ligações partidárias e ter sido deputado terão pesado?
É que as várias DRENs parecem mais refúgio para aqueles do grande bloco central que não querem continuar a exercer as suas funções e profissão e, através da rede partidária, encontram um "lugarzinho" no aparelho do Estado, onde pouco fazem e pouco se espera que façam.
Se é professor do quadro duma dada escola secundária que dê as aulas de inglês que esse lugar lhe exige.
Há Charruas a mais, professores e outros, requisitados anos após anos e mantendo a segurança dum vínculo e direito de regresso com uma entidade para quem deixaram de trabalhar.
Se são mesmo precisos nos departamentos do Estado - o que é duvidoso - que sejam obrigados a escolher, ao fim dum tempo probatório, entre celebrar um contrato ou voltar à origem, para trabalhar.
Há também muitas DREN que fazem pensar que só não são extintas precisamente porque são o poiso da passarada.