segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Durão valente, valente Durão

“Vi os documentos, tive-os à minha frente, dizendo que havia armas de destruição maciça no Iraque. Isso não correspondeu à verdade”, garante, dizendo que “hoje em dia é fácil pôr as culpas no presidente Bush” mas que falou na ocasião também com Bill Clinton, que disse também estar “absolutamente convencido”.
José Manuel Durão Barroso, Diário de Notícias, 18/11/2007

Ah valente Durão.
Foi só o último do Bando dos Quatro das Lajes a reconhecer que a invasão militar do Iraque se baseou em informações falsas.
Agora que o Bush está no final do mandato e não pode ser reeleito vá de dizer que lhe mostraram os documentos e tudo, e que o Clinton também estava convencido (se ganhares Hilary não te esqueças do que o Zé Manel sabe, olha que ele também falou com o Bill), e afinal não correspondia à verdade.
Coitado do Zé Manel, foi enganado, ele que só a contragosto, e porque era em prol da paz e segurança mundial - tão preocupado estava com as AMD -, apoiou a acção ianque no Iraque.
E aliás só acolheu a cimeira nos Açores porque insistiram tanto, sobretudo nuestros hermanos.
Tratou da restauração e assistência no solo (cathering & handling, dear George), claro que o melhor que pode para não deixar mal o bom nome de Portugal como país hospedeiro e mestre no bem receber.
Na altura as acusações (bem ao estilo estalinista) a todos os que não estavam incondicionalmente com eles, de estarem contra eles e com os terroristas.
Agora os outros que paguem a crise que eu estou noutra, quero ser reabilitado e continuar a minha grande marcha, e a coerência é um tigre de papel.
Uma curiosidade, na sua página de presidente da Comissão Europeia não vi incluída esta entrevista, estando-o várias outras, bem como declarações, discursos e documentos.
Durão valente, valente Durão
que mais surpresas nos guardas, Guardião da Nova Verdade?